domingo, 31 de outubro de 2010

Joba Tridente - Reciclagem: Casas de Caixa de Pizza


Casas de Caixa de Pizza
de Joba Tridente

Recentemente orientei Oficinas de Valorização de Material Reciclável: Poesia Aleatória e Brinquedos Alternativos, numa Instituição de Menores Infratores, em Semi-Liberdade, e, numa das aulas, um garoto, de uns 14 anos, disse que sabia fazer uma casa com papelão. Fiquei curioso, pois sempre aprendo alguma coisa na orientação de oficinas.



Pois bem, mesmo descoordenado, o piá recortou umas partes, dobrou outras e começou “erguer” a sua casa, que parecia um barraco de favela, pronto a cair na primeira brisa. Não sei se “aprendeu” a fazer aquela “casa” na prisão ou no ensino fundamental. Sem aceitar qualquer tipo de ajuda ou orientação, já que era o “mestre da construção”, fixou (ou tentou) umas partes com fita crepe e cola, e antes que ela ficasse firme e em pé, acabou largando pra continuar depois.



No ateliê, revirando umas tralhas, pensei que pudesse criar modelos diferenciados de casa de papel ou papelão. Lembrei que, no primário, desenhava figuras geométricas, em cartolina, recortava, dobrava e colava, criando formas em 3D. Decidi pelo mesmo processo. Peguei uma caixa (embalagem) de pizza (industrializada), com as duas faces e uma lateral, e comecei a desenhar, pensando simples (por conta do público alvo), a “planta” de uma casa, no maior improviso. Criei o Casarão e depois a Pizzaria.



Entusiasmado levei as minhas criações (e o molde) para mostrar pro garoto, mas ele já havia fugido. Os outros internos até gostaram delas, mas não se interessaram em fazer algo parecido. É que, apesar de fácil, (mesmo não admitindo) lhes parecia muito difícil fazer cálculos básicos de matemática ou mesmo utilizar uma régua. Eles preferiram continuar tentando colocar o tal “barraco” em pé. Uma missão impossível. Aquela “obra inacabada” de papelão pintado, colado, remendado, ficou rodando umas quatro aulas, passando de mão em mão, sem que algum dos (dispersivos) “internados” desse conta de terminar. Depois ela foi largada em um canto.



Talvez você me pergunte porque não insisti na idéia de “construção” de casa utilizando as embalagens de pizza. Na verdade, em todas as aulas, ao ver a dificuldade deles, mostravas as criações (e o molde) e falava de como o aquele método era mais fácil, rápido e prático. Mas não adiantava, preferiam ser independentes até mesmo nas suas idéias que davam em nada.



Agora estou postando estas Casas de Caixa de Pizza. Aqui elas estão cruas. A Pizzaria foi montada com a face externa e as outras duas com a interna (que pode ser pintada ou finalizada ao gosto do criador). Acho que são divertidas. Os modelos são bem simples e podem ser trabalhados em sala de aula. Elas servem de cenário (conforme o tamanho) e podem compor maquetes (com formatos diferenciados).



Na próxima postagem vou publicar um passo a passo a partir do primeiro molde!

Casas de Caixa de Pizza: embalagem de pizza e fita dupla face. Estou criando modelos montados apenas com encaixe: aguarde!


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criação.fotos.jobatridente

Joba Tridente: Artista Plástico - Individuais: 1991 - Sagrados e Profanos - Hall da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná - Curitiba-PR; 1986 - Sagrados e Profanos - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1984 - Arteveste - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1983 - I Comício Cósmico de Brasília - Centro Cultural Le Corbusier – DF e Arte Alternativa II e III - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1982 - Arte Alternativa - Galeria Jegue Elétrico – DF. Artista Plástico - Coletivas: 2018 - Brinquedos do Brasil - Invenções de muitas mãos - SESC/Itinerante. 2015 - Bench Artes - São Paulo-SP; Nem Tudo Termina em Pizza - São Paulo-SP. 2013 - Mail Art Cupcake - MuBE - Museu Brasileiro de Escultura. 2000 - Fandango Subindo a Serra - SESC da Esquina - Curitiba-PR.  1997 - Guido Viaro, 100 Anos: Interpretação 97 - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR. 1996 - V Concurso de Presépios - Memorial da Cidade de Curitiba - PR; 1994 (itinerante: 1995/1996) - Suite Vollard, Picasso - Uma Interpretação Paranaense - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR; 1987 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF e Levante Centro-Oeste - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1986 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1983 - I salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Hall da Prefeitura Municipal de Petrópolis - RJ e II Salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Centro de Convenções de Brasília - DF; 1977 - II Salão de Arte e Pensamento Ecológico - Touring Club de Brasília - DF; 1974 - I Encontro de Artes do ABC - Hall do Teatro Municipal de São Bernardo do Campo - SP. Artes Gráficas, Humor e Quadrinhos: 1997 - 1ª Mostra da Ilustração Paranaense - Museu de Arte Contemporânea do Paraná - Curitiba - PR; 1993 - Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro - RJ; 1991 - Arkivo Gráphico - Gibiteca de Curitiba - PR; 1980 - Brasília 20 Anos - Hall do SESC - DF e  Caricatura e Desenho de Humor de Ontem e de Hoje - Criatura-I - Exposição itinerante organizada pela FUNARTE em: DF/SP/RJ/BA/CE/PR; 1977 - II Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1976 - Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Joba Tridente: Copo Plástico vira Robô Gira-Gira


Copo Plástico vira Robô Gira-Gira

No mesmo entusiasmo de criação do RoboCopo - O Boneco do Futuro, me dediquei à criação do Robô Gira-Gira (RCJT.02), também conhecido como RoboCopo Gira-Gira, que ganhou esse nome devido ao seu constante movimento rotativo. O que isso quer dizer? Sei lá, vou escrevendo o que me vem à cachola.



O que sei, de verdade, é que o pequeno RoboCopo Gira-Gira adora girar e girar de um lado pro outro (até cair exausto), como se fosse (deve até ser) um bailarino clássico, ou algo parecido.



Robô Gira-Gira só existe na sua plasticidade porque eu gosto (além de azeitona e chocolate) até mesmo de queijo cremoso. (Ôps!)



Ele era apenas mais um copo entre copos, quando lhe deitei o olhar e percebi que ali havia um algo mais que o diferenciava dos seus (quase) iguais. Então eu o trouxe para o lado da mesa que separa os copos que nasceram para brilhar, dos copos que ainda são coadjuvantes.



Depois de exaustivos testes de equilíbrio e de acoplagem, finalmente ele venceu, fazendo jus à sua escolha. Cirurgicamente deu muito trabalho, por conta dos cortes, orifícios e seleção de tampas e lacres. A plástica final acabou agradando a ambos. Acho que ficou bem bacaninha.



RoboCopo Gira-Gira tem movimentos de braços e de corpo. Ele foi criado à base de: copo plástico, tampas e fio de telefone.


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criação e fotos de Joba Tridente


Joba Tridente: Artista Plástico - Individuais: 1991 - Sagrados e Profanos - Hall da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná - Curitiba-PR; 1986 - Sagrados e Profanos - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1984 - Arteveste - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1983 - I Comício Cósmico de Brasília - Centro Cultural Le Corbusier – DF e Arte Alternativa II e III - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1982 - Arte Alternativa - Galeria Jegue Elétrico – DF. Artista Plástico - Coletivas: 2018 - Brinquedos do Brasil - Invenções de muitas mãos - SESC/Itinerante. 2015 - Bench Artes - São Paulo-SP; Nem Tudo Termina em Pizza - São Paulo-SP. 2013 - Mail Art Cupcake - MuBE - Museu Brasileiro de Escultura. 2000 - Fandango Subindo a Serra - SESC da Esquina - Curitiba-PR.  1997 - Guido Viaro, 100 Anos: Interpretação 97 - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR. 1996 - V Concurso de Presépios - Memorial da Cidade de Curitiba - PR; 1994 (itinerante: 1995/1996) - Suite Vollard, Picasso - Uma Interpretação Paranaense - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR; 1987 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF e Levante Centro-Oeste - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1986 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1983 - I salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Hall da Prefeitura Municipal de Petrópolis - RJ e II Salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Centro de Convenções de Brasília - DF; 1977 - II Salão de Arte e Pensamento Ecológico - Touring Club de Brasília - DF; 1974 - I Encontro de Artes do ABC - Hall do Teatro Municipal de São Bernardo do Campo - SP. Artes Gráficas, Humor e Quadrinhos: 1997 - 1ª Mostra da Ilustração Paranaense - Museu de Arte Contemporânea do Paraná - Curitiba - PR; 1993 - Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro - RJ; 1991 - Arkivo Gráphico - Gibiteca de Curitiba - PR; 1980 - Brasília 20 Anos - Hall do SESC - DF e  Caricatura e Desenho de Humor de Ontem e de Hoje - Criatura-I - Exposição itinerante organizada pela FUNARTE em: DF/SP/RJ/BA/CE/PR; 1977 - II Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1976 - Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF.

domingo, 3 de outubro de 2010

Reciclagem: Lacres Plásticos viram Boneca Fashion


fotos de Joba Tridente

Lacres Plásticos viram Bonecatriz Fashion

Esta é Marylinda as mais fashionable das Bonecatrizes. Bem, afinal de contas, ela também é Modelo, Cantora e Apresentadora de TV.


Marylinda é uma daquelas personalidades raras que a mídia reconhece (de cara) como uma agradável promessa, não pela sua plástica irretocável no seu estilo colorido de bem ver a vida que passarela por todos, mas pela sua dedicação às causas sociais e (segundo ela) também humanitárias. A sua luta é para que um dia, cada cidadão, tenha ao menos uma peça de roupa básica em seu guarda-roupa.


No início de sua carreira Marylinda também se apaixonou pelo Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry (1900-1944). Depois conheceu A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (1932-1999), e o adotou como livro de cabeceira. Como se vê (ou se lê) Marylinda gosta mesmo é dos clássicos. Na música, mesmo tendo nascido muito depois de extinto, ela ama, de paixão, os Beatles. No Brasil, gosta e odeia, na mesma proporção, muita coisa. Prefere comentar em outra oportunidade.


Marylinda surgiu no cenário artístico esbanjando charme, com seus divertidos lacres coloridos e roupas ao estilo forminha de “bem casados”. Muitos duvidam da maciez, textura e cor dos seus cabelos, mas ela garante que não fez nenhum implante e que são originalíssimos. Assim como jamais pensou em se submeter à uma plástica para redesenhar o seu rosto selvagem.


Marylinda: Lacres coloridos (diversos), tampas, forminhas de “bem casados”, fios, lã, caixa de fósforos, embalagem de papel. Marylinda tem os mais diversos movimentos, inclusive (e principalmente) de boca.
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