sábado, 14 de janeiro de 2017

Jobabilidade: CARRINTERFONE - Um Carro de Futuro


CARRINTERFONE - Um Carro de Futuro
só não dá (mais) pra falar
criado por Joba Tridente

Em 01 de 02 de 2010 (Uau! Olha só que numerologia: detrás é que pra diante vai!) eu ia deitar fora um velho interfone que ganhei e não me servia pra nada. Porém, antes de descartar no lixo que não é lixo, parei pra observar as suas formas futuristas e fiquei pensando se era possível reaproveitá-lo.


Decidi desmontá-lo e observei que o fone parecia uma asa ou um barco e a sua base lembrava um carro de filme de ficção científica. Que adoro! Bom, desmontei, remontei e juntei com outras sobras plásticas.


No dia 02 de 02 de 2010, após mais de 20 horas da sua concepção, apresentei o meu mais novo brinquedo: CARRINTERFONE - Um Carro de Futuro, aqui mesmo no Lixo Que Vira Arte.


Dia desses, mexendo numas caixas, vi ali, quietinho, o CARRINTERFONE e resolvi fazer nova postagem, com mais fotos. Quando o fiz não pensei no passo a passo, por isso as fotos dele já pronto em diversos ângulos. 



CARRINTERFONE: Interfone (que você não quer jogar no lixo), tampas plásticas, embalagem plástica transparente, espetinho de madeira, mangueirinha plástica, protetores de barbeador descartável (até hoje só não descobri uma forma de reaproveitar as lâminas) e tampa de caneta esferográfica.


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criação e fotos de Joba Tridente.2010


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JOBA TRIDENTE
Artista Plástico - Individuais: 1991 - Sagrados e Profanos - Hall da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná - Curitiba-PR; 1986 - Sagrados e Profanos - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1984 - Arteveste - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1983 - I Comício Cósmico de Brasília - Centro Cultural Le Corbusier – DF e Arte Alternativa II e III - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1982 - Arte Alternativa - Galeria Jegue Elétrico – DF.

Artista Plástico - Coletivas: 2015 - Bench Artes - São Paulo-SP; Nem Tudo Termina em Pizza - São Paulo-SP. 2013 - Mail Art Cupcake - MuBE - Museu Brasileiro de Escultura. 2000 - Fandango Subindo a Serra - SESC da Esquina - Curitiba-PR.  1997 - Guido Viaro, 100 Anos: Interpretação 97 - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR. 1996 - V Concurso de Presépios - Memorial da Cidade de Curitiba - PR; 1994 (itinerante: 1995/1996) - Suite Vollard, Picasso - Uma Interpretação Paranaense - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR; 1987 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF e Levante Centro-Oeste - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1986 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1983 - I salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Hall da Prefeitura Municipal de Petrópolis - RJ e II Salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Centro de Convenções de Brasília - DF; 1977 - II Salão de Arte e Pensamento Ecológico - Touring Club de Brasília - DF; 1974 - I Encontro de Artes do ABC - Hall do Teatro Municipal de São Bernardo do Campo - SP. 

Artes Gráficas, Humor e Quadrinhos: 1997 - 1ª Mostra da Ilustração Paranaense - Museu de Arte Contemporânea do Paraná - Curitiba - PR; 1993 - Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro - RJ; 1991 - Arkivo Gráphico - Gibiteca de Curitiba - PR; 1980 - Brasília 20 Anos - Hall do SESC - DF e  Caricatura e Desenho de Humor de Ontem e de Hoje - Criatura-I - Exposição itinerante organizada pela FUNARTE em: DF/SP/RJ/BA/CE/PR; 1977 - II Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1976 - Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Jobabilidade: Azuleia..., a Espanadora que virou Princesa

Azuleia..., a Espanadora que virou Princesa
criação sustentável de Joba Tridente

Hoje sou chamada de Azuleia, mas já não tive nome algum..., no tempo que já vai longe, quando era uma simples espalha-pó, ou mera espanadora, um utensílio doméstico que o Joba comprou numa loja de R$1,99.


Tenho vagas lembranças do meu passado (talvez não queira lembrar mais) num distante país asiático, onde pequenas e ágeis mãos pegavam pequenos tufos de fibras plásticas azuladas e as pregavam num cabo roliço.


À primeira vista parecia uma dançarina havaiana com sua bela e brilhosa saia de ráfia..., mas só que sem cabeça e ou qualquer membro. Mas ao menos parecia com alguma coisa. Milhares e milhares de mim mesma, sem identidade ou algum traço de personalidade, eram produzidas da mesma forma. Não sabia ainda do meu destino e ou função de espanadora em algum lugar do vasto mundo..., até chegar ao Brasil, mais precisamente em Curitiba, no Paraná e ser comprada pelo Joba e, sob seu comando, tirar (ou espalhar de um lugar para o outro) o pó de seus objetos artísticos.


Assim foi a minha vida por anos. Com o tempo os filamentos foram encrespando e quando já não servia para mais nada e acreditava que o meu destino seria o cesto de lixo, o Joba me surpreendeu, dando-me uma cara, um corpo, uma personalidade e um nome de princesa: Azuleia. Fênix renascida do pó que tanto espalhei, me sinto revigorada e cheia de histórias pra contar. Mas, por enquanto, vou falar apenas do processo da minha transformação.


O Joba, que trabalha com Arte Sustentável há décadas, primeiro juntou um monte de “tralhas”, para experimentar o que me cairia melhor: carretel de linha, roldana de VHS, ruelas plásticas, prendedores de cabelo, parafusos, lacres de embalagem tetra pak e não sei o quê mais. Essas peças plásticas que me servem de braços e mãos (mas que também poderiam me servir de pernas e pés), por exemplo, ele não tem a menor ideia do que são. 


Eu acho que são partes de algum aparelho eletrônico americano: a que está do meu lado direito tem um “L” de “left” (esquerda) e a que está no meu lado esquerdo tem um “R” de “right” (direita). Sim, eu sei que é de dar nó no cérebro, mas a arte é assim mesmo..., provocativa e contraditória! O que está à direita, hoje, pode estar à esquerda, amanhã, e vice-versa (ou: visse o verso!).


Bem, continuando, ele primeiro pegou dois alfinetes de cabeça verde, desses usados em demarcação de roupas ou mapas e fez meus olhos..., foi assim que enxerguei o material que me daria forma e ou reforma. Depois, testou parafusos até encontrar este, que me serve de gracioso e hexagonal nariz. A boca surgiu numa pincelada carmim sobre a cabeça do prego que prende a minha cabeleira crespa ao cabo/corpo roliço. Quanto à boca, há uma promessa de plástica..., assim que possível.


Depois ajustou os braços “L” e “R” ao carretel (que me veste) e, com um protetor de barbeador descartável, adaptou um cesta para eu carregar estrelas, flores etc. 



Os cabelos crespos ele encrespou ainda mais. Tentou vários penteados e amarras. No final, acabei gostando do resultado. 


O bom dessa cabeleira toda é que é possível sempre mudar o penteado. Só não sei se dá pra fazer a tal de "chapinha".


Os sapatos, ainda bem que ele teve o bom senso de substituir. Confesso que não gostei dos primeiros grandes e brancos que escolheu. Os azuis são mais delicados e combinam com meu cabelo. 



As joias nas tiaras e no vestido longo negro, com escandaloso aramado na barra, são bijuterias que ele encontrou jogadas na rua.


Então, foi assim que ganhei porte e depois nome de princesa: Azuleia. Sim, eu sei, a minha beleza é peculiar ou singular e depende muito do ponto de vista e da sensibilidade de quem me vê e ou me toca. 


Mas a vida fora da arte também não é assim? Cada um é cada um com a sua beleza e ou feiura.


Acho que é isso. Como sou bem articulada, volto em outra ocasião para contar histórias do Joba e ou falar do que há de novo em mim.



Azuleia..., a Espanadora que virou Princesa
criação e fotos de Joba Tridente


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JOBA TRIDENTE
Artista Plástico - Individuais: 1991 - Sagrados e Profanos - Hall da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná - Curitiba-PR; 1986 - Sagrados e Profanos - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1984 - Arteveste - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1983 - I Comício Cósmico de Brasília - Centro Cultural Le Corbusier – DF e Arte Alternativa II e III - Galeria Jegue Elétrico - DF; 1982 - Arte Alternativa - Galeria Jegue Elétrico – DF.

Artista Plástico - Coletivas: 2015 - Bench Artes - São Paulo-SP; Nem Tudo Termina em Pizza - São Paulo-SP. 2013 - Mail Art Cupcake - MuBE - Museu Brasileiro de Escultura. 2000 - Fandango Subindo a Serra - SESC da Esquina - Curitiba-PR.  1997 - Guido Viaro, 100 Anos: Interpretação 97 - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR. 1996 - V Concurso de Presépios - Memorial da Cidade de Curitiba - PR; 1994 (itinerante: 1995/1996) - Suite Vollard, Picasso - Uma Interpretação Paranaense - Museu de Arte do Paraná - Curitiba - PR; 1987 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF e Levante Centro-Oeste - Galeria da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1986 - Salão de Artes Plásticas de Brasília - Galeria “B” da Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1983 - I salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Hall da Prefeitura Municipal de Petrópolis - RJ e II Salão de Arte Mística/Mítica/Mediúnica - Centro de Convenções de Brasília - DF; 1977 - II Salão de Arte e Pensamento Ecológico - Touring Club de Brasília - DF; 1974 - I Encontro de Artes do ABC - Hall do Teatro Municipal de São Bernardo do Campo - SP.

Artes Gráficas, Humor e Quadrinhos: 1997 - 1ª Mostra da Ilustração Paranaense - Museu de Arte Contemporânea do Paraná - Curitiba - PR; 1993 - Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro - RJ; 1991 - Arkivo Gráphico - Gibiteca de Curitiba - PR; 1980 - Brasília 20 Anos - Hall do SESC - DF e  Caricatura e Desenho de Humor de Ontem e de Hoje - Criatura-I - Exposição itinerante organizada pela FUNARTE em: DF/SP/RJ/BA/CE/PR; 1977 - II Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF; 1976 - Salão de Humor de Brasília - Fundação Cultural do Distrito Federal - DF.

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