criação e fotos de Joba Tridente
Há muitos e muitos anos, quando comecei a Contar Histórias, em busca de um diferencial e também trabalhar a questão do meio ambiente, eu criei alguns Bonecos, a partir de caixas de fósforos e outros materiais e embalagens, que faziam essa ponte. Além de divertir as crianças eles também serviam de exemplo para o (re)aproveitamento de material reciclável.
Ao final de cada apresentação sempre falo e oriento sobre a criação dos Bonecos (mais básicos) e, dependendo do local da apresentação, distribuo algumas Carinhatrizes ou Carinhatores. Sei que os Bonecos feitos com qualquer material, e de qualquer tamanho, podem (e devem) trabalhar em Contação de Histórias, em Espetáculos de Teatro (de Bonecos), ou, ainda, como personagens narrativos ou atuantes na apresentação de um Projeto Escolar (em Sala de Aula). É por isso que partilho essa ideia.
Já perdi a conta de quantas apresentações fiz, bem como de quantos Bonecos foram criados por mim e por oficinandos (para os mais diversos fins), nos estados do Paraná e de São Paulo. É a arte distraindo a vida que se renova.
Uma das primeiras Histórias que contei (e ainda conto) é a Folclórica O Bicho Folharal, que fala de um divertido embate entre um Tigre feroz e uma Raposa esperta. O Tigre (sem imaginação) está sempre tentando caçar a Raposa (que sempre consegue se safar). As crianças adoram esse conto e principalmente de um dos Bonecos: a Raposa.
Como a minha intenção sempre foi Contar Histórias em espaços pequenos, aconchegantes, mesmo que fosse uma Sala de Aula, optei por Bonecos menores, que são os que mais fascinam as crianças. Quando o espaço cresceu, também cresceram os Bonecos.
Vou postar as fotos das duas Raposas que dividem palcos e espaços alternativos comigo. Eu começo com a primeira Raposa que criei. Minto, ela não foi a primeira e, sim, a segunda. A primeirona era pequenina e linda (também), feita apenas de papel e caixa de fósforos. Ela está recolhida em uma Casa de Bonecatores.
Bom, me corrigindo, a Raposa que estou postando foi a segunda a ser criada. Ela foi confeccionada com recorte de revista, rolo de papel higiênico, caixa de fósforos, papel de pasta suspensa (alguém ainda se lembra dela?), penas descartadas, na muda, pelo espanador.
Não perca, na próxima postagem, a terceira Raposa, construída com caixa de ovos, caixa de fósforos e fiapos de pena.