Nesta
semana participei da XIII Feira de Livro
de Antonio Olinto, organizada pela Escola
Municipal Monteiro Lobato, aqui no Paraná. Curioso que sou, numa
caminhada pelos arredores do hotel, vi no quintal de uma casa, entre as flores
do jardim, uma grande escultura de cor marrom salpicada de branco.
Apesar de
próximo não sabia exatamente o que era. A forma parecia a de um animal. Um cachorro, talvez? Não tinha certeza. O
material lembrava cerâmica. Aproximei cautelosamente e vi que era um burrinho esculpido num tronco fincado no
chão. Ia fotografar, mas com receio de ser mal interpretado, decidi esperar
para ver se aparecia alguém. Não apareceu.
Na Feira
de Livro, pela minha descrição, Maria
Solange, diretora da Escola e organizadora do evento, disse se tratar da residência
da professora Edicleusa Gonçalves, que se encontrava em sala de aula. Voltei até a casa e
consegui falar com a mãe dela, que me autorizou a fotografar o que chamei de Burrico Salpicado, criado pelo artista Metódio Odovane.
Fiquei
encantado com a rusticidade do trabalho e a definição do animal com tão pouco desbaste
no velho tronco de árvore. A arte naïf me fascina, por conta da rica
imaginação do artista nato que recria o
mundo como lhe parece, e não como o acadêmico acredita ser. O artista primitivo inventa formas, cores e
combinações. Faz uma arte lúdica, bela e profunda no seu simbolismo que
dispensa os chatos monitores de galeria.
É isso,
sempre que possível, vou postar artes outras que reciclam materiais diversos.
Partilhar é preciso e repensar a arte fora das galerias, também!
fotos de Joba Tridente.2011
Muito bacana hein, amigo Joba...
ResponderExcluira rusticidade desta arte, dá todo um toque especial..
Olá,Cacinho.
ResponderExcluirPois é, meu amigo,
ao vivo e a cores esta obra
é muito mais impressionante.
Abração!
T+
Joba